Sobre
O crescimento urbanístico que atingiu a Zona Norte provocou a
instalação de vários bairros, dentre eles, o Rio Madeira que foi
nomeado em alusão ao rio que banha Porto Velho e que é o
principal afluente da margem direita do rio Amazonas. As
primeiras referências a respeito do rio Madeira foram expedidas
pelo padre Carvajal, membro da expedição de Francisco Orellana
(1542), e que na passagem padre Cristobal D'Acuña que
acompanhava a expedição de Pedro Teixeira, relata que os índios
informaram a existência de um rio em cujas águas flutuavam filas
de madeiras, recebendo o termo Caiari, significando na
etimologia aruaque "rio dos cedros", isto é, madeira em cima
d'água, da expedição pela foz do rio, denominou-o de rio Grande.
No ano de 1723, Francisco de Mello Palheta por determinação do
governador do Pará, João da Maya da Gama, sobe o rio, com a
desenvolver de realizar a exploração das cachoeiras do Madeira e
verificar a existência de brancos na sua cabeceira. Admirado com
a grande quantidade de troncos de árvores que a correnteza do
rio arrastava, deu-lhe o denotativo de Madeira.
Limitado pelos bairros Industrial, Flodoaldo Pontes Pinto, Nova
Esperança e Aponiã, o crescimento vertical alcançou parte da
área do bairro, residentes eram perturbados pelas olarias ali
existentes, provocando fuligens e fumaças em razão da
inexistência de filtros e um barulho ensurdecedor. Foi
necessário o Ministério Público Estadual, em 2012, exigir por
meio de um termo de ajustamento, as providências imprescindíveis
para o bem-estar dos moradores. Percorre o bairro na direção
sul, a RO-005, conhecida como estrada da Penal, em face do
propiciar acesso ao presídio "Urso Branco", oficialmente
denominado "José Mário Alves", advogado e que foi em certo
período Secretário Estadual da Segurança Pública.
Umas das ruas que atravessa o bairro homenageia o seringalista
Otávio Reis que "...durante mais de 50 anos sofreu e enricou nos
seringais dos rios Abunā, Guaporé e Acre, vivendo todo o ciclo
da borracha”. Dentre os principais pontos de referência do
bairro destaca-se a Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro
Tavares Batalha, nome dado em homenagem ao poeta repentista e
professor de língua portuguesa.
Resumo do livro: Os Bairros na História de Porto Velho
Autora: Yêdda Pinheiro Borzacov